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Servidores da UFPel decidem deflagrar greve
Categoria vai paralisar atividades a partir da próxima segunda-feira
Foto: Divulgação - DP - Cerca de 200 servidores participaram da assembleia
Os servidores técnico-administrativos da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) decidiram nesta segunda-feira (11), em assembleia da categoria, pela deflagração de uma greve a partir da próxima segunda-feira (18). Até lá, será organizado o comando de greve local e as comissões que irão organizar o movimento. As principais demandas são pela reposição salarial e a reestruturação da carreira. Atualmente, a UFPel tem em torno de 1.300 servidores técnico-administrativos, cerca de 200 participaram da assembleia.
Os servidores cobram o reajuste relativo às perdas inflacionárias desde 2010, com aumento de 10,34% por ano entre 2024 e 2026, além do reajuste dos benefícios. Professores da UFPel e servidores do IFSul também estão sob indicativos de greve, que devem ser decididos nos próximos dias em seus sindicatos nacionais.
“A gente vai entrar em greve na segunda-feira, quando se forma o comando nacional de greve em Brasília. Até lá, a gente vai fazer algumas reuniões para formar as comissões”, explica Maria Tereza Fujii, coordenadora da ASUFPel. Segundo ela, mesmo no período de greve, haverá técnico-administrativos trabalhando para manter serviços essenciais, como no Hospital Escola, o pagamento de auxílios a estudantes e a emissão de diplomas a alunos formados.
Atualmente, os técnico-administrativos das universidades federais estão em duas mesas de negociação com o governo federal. Na que demanda reposição salarial, a categoria pede reajustes retroativos, somando 34,32%, parcelados entre 2024 e 2026 em aumentos de 10,34% ao ano. O governo propõe aumentos de 4,5% em 2025 e 2026, sem nenhum aumento em 2024. Em outra frente, os servidores pedem a reestruturação da carreira.
Segundo a Fasubra, federação de sindicatos de técnico-administrativos, a categoria soma mais de 223 mil trabalhadores, cerca de 18% do pessoal do executivo federal. A entidade aponta que as mudanças ao longo dos quase 20 anos em que a categoria existe demandam uma reestruturação com melhores condições sociais e de trabalho aos técnico-administrativos.
Na quarta-feira, a ADUFPel, sindicato dos professores da UFPel, realiza assembleia para determinar a posição que será encaminhada ao ANDES, sindicato nacional que irá deliberar ou não pela greve. “Esse primeiro momento é de construção do movimento de greve, não é deflagração de greve ainda”, explica o presidente da ADUFPel, Carlos Rogério Mauch. “A nossa expectativa para quarta-feira é que a categoria compareça, é importante, independente do que a categoria pense ela deve comparecer para se manifestar. Nós, enquanto diretoria, sempre levaremos a posição da categoria em Pelotas, seja ela qual for”, diz Mauch.
Já o Sinasefe-IFSul, que representa os servidores do instituto federal, aguarda pela deliberação da plenária nacional que será realizada no próximo final de semana. A partir da posição nacional, o sindicato local irá deliberar sobre o tema.
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